Vizinhança Solidária

Pequenos núcleos de moradores que se reúnem com o objetivo de conscientizar os participantes da necessidade de zelarem pela segurança uns dos outros. O programa visa também resgatar o sentimento comunitário e melhorar as relações entre a polícia e o público.

Vizinho Solidário
Vizinho Solidário

A missão do Programa é a de realizar a integração entre moradores de uma mesma rua, para garantir a segurança e a tranqüilidade de todos, e também de prestar os primeiros atendimentos em resposta imediata a qualquer evento crítico, antecipando a ação dos órgãos de segurança ou de emergência.

Cada vez mais as pessoas vão sentindo a necessidade de se organizarem em movimentos comunitários para superar as dificuldades. “Unidos seremos solidários, sozinhos seremos apenas pontos de vista”. Isto confirma o preceito Constitucional de que “Segurança pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos”.

O Programa Vizinho Solidário desperta a confiança nas pessoas para juntas, na rua onde moram, melhorar sua segurança, valendo-se da sabedoria, experiência, confiança, conhecimento, e solidariedade do seu vizinho produzindo novas abordagens e neutralizar, pela ação antecipada, fatos criminosos futuros. O programa permite aos moradores reconstruírem o sentimento tradicional de orgulho da vida comunitária, trazendo consigo a promessa de melhorar a qualidade de vida de suas comunidades.

1) Cada rua terá o seu “Líder Comunitário”.

2) Através de uma ficha cadastral de caráter reservado, os moradores serão convidados a participarem do Programa.

3) Um mapa da rua será produzido e nele constará o nome do morador, seu endereço,nome da esposa e número de telefone.

4) Cada morador receberá um mapa com os dados acima e se compromete a manter sigilo quanto às informações contidas no material distribuído.

5) O Líder Comunitário do Programa poderá organizar reuniões periódicas para que os vizinhos troquem informações e se conheçam melhor, melhorando o conceito de solidariedade, aproveitando a oportunidade para falar sobre segurança, podendo até convidar uma autoridade, que poderá ser um policial militar ou civil ou membro da diretoria do CONSEG.

6) Em ruas mais extensas, poderão ser criados os Supervisores de Quadra.

Com os moradores cuidando uns dos outros:

· Aumenta-se a sensação de segurança.

· Cada cidadão se tornará cada vez mais responsável pela manutenção do compromisso de alertar os outros de como se prevenir contra o crime.

· Amplia-se o conceito de que a segurança não cabe só à polícia.

· O sentimento comunitário será resgatado.

· Melhorará a relação entre a polícia e a comunidade

LIDER COMUNITÁRIO

Nosso Legado

“Não podemos ignorar o estado de insegurança que assola nossa cidade. A banalização do roubo, do assalto, do seqüestro e do assassinato, é fruto de uma apatia na preservação e promoção da segurança pública. É preciso colocar a segurança como prioridade. O momento é de mutirão, de esforço concentrado, de cooperativismo, de ação conjunta.”

“A desigualdade é o abismo que rasga as entranhas da sociedade, e faz de todos nós vítimas da realidade. O desafio que vivemos não é o abismo, mas a construção da ponte, que permite o trânsito entre o sonho e sua realização, entre a carência de tudo e a cidadania. Pontes são instrumentos de Paz. E Paz é um estado de igualdade de oportunidade para aspirações diferentes.”

“É preciso participar da construção da sociedade que queremos, porque senão ela será como não queremos. A participação, mais do que um dever, é um direito. Decidir e implementar o modelo de comunidade que se quer é uma forma concreta de desenhar a mudança.”

“Para modificar a realidade temos que começar modificando nossa forma de ser e estar no mundo. A cooperação e o trabalho em prol do bem comum é a maior herança que podemos legar ao futuro. E esse futuro conta com o seu legado.”

Palavra Inicial

Mais do que vigiar o futuro as lideranças comunitárias devem ter a capacidade de enxergar as mudanças como oportunidade que têm de serem aproveitadas para a proteção da população local e flutuante, sempre no sentido de que “se o alvo estiver protegido, o marginal vai procurar um outro alvo que não tenha proteção”.

Segurança hoje não se faz mais com “prevenção e muita sorte”. Prevenção ainda é a melhor segurança, feita com inteligência, tecnologia e recursos humanos bem treinados. Consiste na busca sistemática de dados válidos e relevantes, utilizando métodos éticos para monitorar os ambientes externos e internos, rastreando as mudanças que ocorrem ao seu redor, e reconhecendo antecipadamente eventuais ameaças e oportunidades delituosas.

O global começa no local, significa dizer que o progresso econômico, social e de proteção deve iniciar-se através de melhorias substanciais nos níveis comunitários locais, com a participação efetiva e organizada da sociedade civil em parceria com o poder público.

Evidenciou-se que algumas ações de cunho social, associadas à política de segurança pública, constituem-se numa arma mais poderosa do que as armas da polícia, principalmente quando direcionadas para locais mais críticos, como o tráfico de drogas, por exemplo.

Foi a partir destas ações em que o poder público interagindo com a comunidade evidenciou a necessidade de ampliar o conceito de segurança pública, trazendo algumas instituições informais como família, associações, CONSEG e a comunidade, a fim de abarcar ações normalmente negligenciadas pelas administrações governamentais, e a necessidade de especificar as respostas dos governos, Federal, Estadual e Municipal para os diferentes problemas.

O Programa tem por objetivo construir uma comunidade livre do crime e de acidentes, através dos esforços conjuntos de moradores, segurança privada, CONSEG e policia. Devemos trabalhar juntos para identificar problemas como o crime, droga, medo do crime, desordens físicas e morais e resolvê-los, com o objetivo de melhorar a qualidade geral de vida na nossa rua e comunidade. O CONSEG recebe as informações do Líder Comunitário, ou diretamente do morador, analisa e difunde à policia suas sugestões e solicitações, além de discutir os problemas que afetam a segurança e a tranqüilidade da comunidade com os órgãos de segurança.

O trabalho progressivo realizado pelo CONSEG deve ultrapassar os limites dos bairros de abrangência e preocupar-se com o êxodo rural e urbano, com o crescimento das favelas e com o descontrole social, diretamente relacionados aos crimes contra a vida, que somente serão equacionados com a prospecção de cenários futuros e o estabelecimento de metas, investimentos e de uma política de segurança coerente.

A explicitação das políticas para o controle da criminalidade e da violência devem partir de diferentes instâncias Governamentais (federal, estadual e municipal) e dos diferentes poderes (executivo,Legislativo e Judiciário). Pressupõe igualmente a ponderação do que poderíamos chamar de “políticas não públicas” contidas na ação dos diversos segmentos da sociedade.

Há que se levar em conta que a violência, se constitui em uma questão nacional, embora seus efeitos sejam sentidos localmente. A atitude de buscar culpados pela violência deve ser substituída pela reflexão de que cada individuo, grupo, setor de atividade, instituição devem fazer sobre o que tem sido feito de positivo no sentido de cooperar com o esforço geral.

Uma das missões da comunidade seria a implantação, através do CONSEG do programa VIZINHO SOLIDÁRIO, onde cada morador atuaria como um agentes comunitários, sob a tutela de um Líder.

Os cidadãos estão em situação privilegiada para saberem o que é necessário à sua rua. Eles sabem também o que é melhor para eles, participando tanto do processo quanto do resultado.

Quando uma área começa a ser protegida, a movimentação de pessoas de risco se reduz ou acaba. A solução a longo prazo é que toda a comunidade se torne de tal modo ativa que não haja espaço para o infrator.

Justificativa

O movimento que levou milhões de pessoas do campo à cidade, fez as pessoas perderem suas raízes, acabando também perdendo sua identidade e seus valores básicos, enfraquecendo, conseqüentemente, o freio social. Nesse sentido, o Programa Vizinho Solidário se apresenta como alternativa eficaz, capaz de a um só tempo, agir como integrador da comunidade e promotor da ordem política e social, em apoio ao poder público.

Uma triste realidade é que muitas comunidades perderam a vontade coletiva de travar a batalha contra as drogas, a decadência, a desordem e o crime, indo de volta às origens. Talvez o mais importante seja reconhecermos a necessidade de restaurar as nossas comunidades antes que essa oportunidade desapareça para sempre.

O Programa traz processos que permitem aos moradores reconstruir o tradicional orgulho da vida comunitária, com a promessa de melhorar a qualidade de vida de suas ruas.

Sempre que grupos de cidadãos, a iniciativa privada, ou cidadãos particulares tem atacado os problemas do crime, do medo e da desordem, os resultados têm sido impressionantemente melhores do que os obtidos pelo sistema de justiça criminal.

Informações sobre crimes, denunciados ou não, podem ser obtidas de diversas fontes, tais como uma amostragem dos cidadãos, membros da área de saúde, o clero, e aqueles que trabalham nos centros de assistência às vítimas de estupro, de abuso de drogas, etc, Quem coleta? Quem difunde?

O agente público encarregado da preservação da ordem já percebeu que não pode estar limitado ao sistemático atendimento de ocorrências, mas deve expandir suas atividades valendo-se do potencial instalado dentro da comunidade, para exercer com vocação o trabalho de promoção da dignidade humana e defesa do cidadão.

O Programa Vizinho Solidário pode desenvolver estruturas táticas elaboradas para melhorar a qualidade de vida, permitindo seja criado e floresça um renovado espírito comunitário.

Polícia e Comunidade

As autoridades ligadas à segurança pública entendem que não há como realizar o trabalho que é exigido à polícia em tentar reverter o ascendente índice de criminalidade, sem obter o apoio e a participação de todos. Que ninguém seja ignorado na construção desta nova parceria entre as pessoas e a sua polícia.

É muito difícil aceitar que a polícia possa impor ordem na comunidade de fora para dentro, mas nada pode superar os resultados que podem ser alcançados por pessoas e grupos dedicados, trabalhando juntos, com objetivos comuns, conversando, trocando informações, agindo, confiando na experiência e sabedoria de outros para explorar novas e criativas abordagens para as preocupações comunitárias. Enfim, resolvendo os seus problemas de dentro para fora, num processo dinâmico de construção do futuro.

A ausência do poder público nas comunidades permitiu o crescimento indiscriminado de situações de risco. O impacto negativo que os problemas globais, como a degradação ambiental, o consumo de drogas e a ação muito freqüente de indivíduos dispostos à quebrar o Código de Convivência Social e desvios de conduta, mais do que nunca, tornou necessário aumentar a ação de proteção à vida e ao patrimônio.

Felizmente, a atual tendência é de que a sociedade civil, cada vez mais organizada, em cooperação com o Poder Público, assuma a sua responsabilidade no enfrentamento destes problemas.

O Programa Vizinho Solidário, através do Líder Comunitário, com treinamento específico, qualidades exclusivas, liderança e disciplina, exercerá suas atividades na sua rua, e junto com seus vizinhos ampliam o papel na fiscalização da segurança local, recebendo, produzindo e difundindo informações, aspirando tornar a comunidade mais segura e mais atraente, explorando novos caminhos para a proteção e valorização da vida das pessoas e do patrimônio.

Devem juntos, trabalhar na reconstrução de valores ligados à solidariedade, de forma que cada um na comunidade assuma o seu papel democrático de participação e resgate da cidadania.

O serviço passa a ser personalizado, o anonimato é quebrado e os moradores passam a conhecer-se melhor, na esperança de um relacionamento baseado na confiança e no respeito mútuo, desafiando as pessoas a aceitarem essa condição como responsável pela melhoria da qualidade geral de vida da comunidade onde moram ou trabalham.

O LÍder Comunitário, assim como qualquer do povo, amplia o papel da polícia, aspirando tornar as comunidades mais seguras e mais atraentes.

Comprometimento Geral

Uma prevenção eficiente do crime e da desordem, e um esforço de controle só podem resultar em uma experiência direta de cooperação por parte de todos os envolvidos: policia, moradores e segurança privada. Para que o Programa tenha sucesso, cada um deve fazer a sua parte e atuar interativamente, sendo os vizinhos o elemento mais importante no apoio para um comportamento positivo.

Quanto mais estável for a população, maior é o investimento dos moradores na comunidade. Entretanto, a existência de população transitória não deve ser desculpa para não implantar o Programa. Pode ser mais difícil, mas sempre existem elementos estáveis em qualquer rua. E além disso, sejam eles permanentes ou transitórios, todos os cidadãos têm uma preocupação com sua segurança, da sua família e do seu patrimônio, e este pode ser o foco para o seu estabelecimento.

As pessoas são quase sempre apáticas, exceto quando surjam crimes de alta potencialidade, como assalto ou estupros. Nestas situações não basta somente atacar o problema, é necessário manter a comunidade desperta para evitar que surjam outros. Por isso é bom identificar participantes que estejam dispostos a perseverar na atitude de resolução de problemas,mesmo que não estejam ocorrendo incidentes graves.

Para atingir metas a longo prazo é preciso um comprometimento contínuo.

Execução

A segurança física de pessoas da comunidade e pessoas que nela trabalham é o principal alvo de atenção do Programa, juntamente com a proteção patrimonial. Para atingi-los deverão ser adotados procedimentos e práticas para melhoria da segurança, com foco na vigilância de rua e na interatividade entre as pessoas.

A orientação de prevenção primária é que as residências, prédios e comércio otimizem os recursos já existentes como iluminação externa e sistema de alarme.

A integração dos agentes policiais e segurança privada que atuam na área com a comunidade local, é também considerada estratégia de fortalecimento da segurança.

Cabe a comunidade identificar pontos e causas de insegurança, iluminação pública deficiente, terrenos baldios, trajetos de ônibus, mão de obra irregular, coletores de lixo não autorizados, vendedores ambulantes, itens que podem promover insegurança e estão fora da competência da polícia.

Estratégia a Nível de Rua

A estratégia do Programa visa desenvolver planos de ação com voluntários para cuidar de problemas específicos, não sobrecarregando o Líder, que será o coordenador até que os moradores estejam a vontade para assumir sub-lideranças.

1. Intensificar ações que contemplem os sistemas de monitoramento de áreas reservadas, com vistas ao incentivo para a implantação de monitoramento de alarmes residências – “Se todas as residências estiverem alarme, os eventos passam a ser eventos de rua”.

2. Levantar a densidade de imóveis para locação.

3. Trabalhar junto aos proprietários de imóveis para locação, na tentativa de conscientizá-los da necessidade de preencher a “Ficha de Locação de Imóveis”, que será encaminhada ao CONSEG para triagem e registro.e da importância de melhorar o aspecto do imóvel e do seu entorno, orientando-os a participarem dos programas de proteção, principalmente da instalação com alarme monitorado.

4. Apoiar as famílias no esforço de fazer com que os jovens ajam dentro da lei.

5. Levar a sério os delitos menores, tratando o ilícito penal na fase embrionária.

6. Promover informalmente a resolução de conflitos entre residentes da comunidade.

7. Prioridade em lidar com problemas de desordem física, grafiteiros, prédios e barracos de obras abandonados, mato alto em terrenos baldios, lixo nos quintais ou não recolhido nas ruas, iluminação pública deficiente cães abandonados. Identificar pessoas dispostas a lidar com eles..

8. Identificar e localizar grupos de risco, principalmente uso e trafico de droga, informando ao CONSEG para mapeamento.

9. Apoiar as ações e movimentos que visem a implantação de sistema de vídeo-vigilância monitorada, e o serviço de fiscalização motorizada das residências que participam do Plano de Segurança não só na sua rua como no bairro, não dando oportunidade para que a insegurança esteja por perto.

10. Atuar junto ao CONSEG, entidades de classe, o Município e o Estado, para que seja incorporado no seio da comunidade a visão de modernização e aumento da eficácia de um Sistema Integrado de Segurança, aumentando a sensação de confiança nos serviços prestados pelos órgãos responsáveis pela Segurança Pública.

11. Criar condições para a ampliação do Plano de Chamada de Capital cujos recursos sejam destinados exclusivamente a implantação, desenvolvimento e manutenção dos projetos de segurança.

12. Elaborar mecanismos para que haja participação efetiva nos programas desenvolvidos pelo CONSEG, principalmente no que se refere ao cadastramento dos jardineiros e empregados domésticos.

13. Dar ampla divulgação ao Manual com “Dicas de Segurança”, com procedimento em casa, quando viajar, no transporte coletivo, no carro, nas compras, na lanchonete, no banco, para evitar assaltos, arrombamentos e outras ações criminosas, e como se prevenir contra vigaristas.

14. Colaborar com o CONSEG no cadastramento de trabalhador autônomo ou empresa e operários da construção civil.

O Papel do Líder Comunitário

A identificação da verdadeira liderança é obrigatória para a resolução de problemas O líder deve assumir uma posição na estrutura formal da organização comunitária, procurando exercer influência na comunidade, levantando outros líderes.

O Líder Comunitário amplia o papel da interatividade entre as pessoas, produzindo e difundindo informações, aspirando tornar as comunidades mais seguras e mais atraentes, explorando novos caminhos para a proteção e valorização da vida das pessoas.

Trabalha com a comunidade para identificar e priorizar os problemas, obtendo informações sobre delitos não denunciados e outros problemas.

O Programa passa a ser personalizado, o anonimato é quebrado e os moradores passam a conhecer melhor os seus vizinhos, na esperança de um relacionamento baseado na confiança e no respeito mútuo, desafiando as pessoas a aceitarem essa condição como responsável pela melhoria da qualidade geral de vida da comunidade:

O Líder deve exibir algumas características:

· Capacidade de participar pessoalmente de iniciativa, sendo sempre um morador da rua.

· Inclinação para a ação e resolução de problemas ao invés da retórica.

· Habilidade de identificação com pessoas envolvidas, e isoladamente ser reconhecido pelo grupo como seu porta-voz

· Capacidade de inovar, inspirar ação e estimular a participação continuada dos moradores

· Capacidade de encorajar respostas de todos os segmentos da comunidade

· Construção de uma atmosfera de respeito e confiança de modo que os moradores formem uma parceria com a polícia e a vigilância da comunidade.

As características acima descrevem algumas qualidades, e abaixo, algumas tarefas e atividades gerais que proporcionam ao líder a orientação necessária e uma base para o começo. Não existe limite para a imaginação e a criatividade. E já que a criativIdade é um ingrediente essencial ao Líder Comunitário, e como todas as iniciativas devem levar em conta as necessidades da comunidade, não existe maneira de oferecer uma lista exaustiva de exemplos. O propósito aqui não é limitar a imaginação do Líder, e sim ajudá-lo.

Procedimento do Líder Comunitário

· Interagir com as pessoas e com os responsáveis pelos serviços públicos de manutenção, limpeza e iluminação pública, mobilizando e conscientizando os participantes do Programa a proceder de forma idêntica.

· Comparecer as reuniões locais, atividades eclesiásticas, eventos sociais e culturais, e sempre que convidado, às reuniões do CONSEG.

· Participar ativamente das reuniões do Conselho de Lideres.

· Estar presente na vida cotidiana dos moradores.

· Contar com o apoio da mídia para dar sugestões e divulgar os avanços do Programa da sua rua, produzindo material positivo, e informando o que a comunidade está fazendo para solucionar seus problemas.

· Zelar, junto com os moradores, os espaços físicos em áreas específicas, como praças, parques e jardins, chamando os jovens como voluntários para tal tarefa.

· Promover mutirão de limpeza em terrenos baldios de proprietários relapsos, ou comunicar aos órgãos públicos as violações das posturas municipais ocasionadas por terrenos mal cuidados.

· Atuar junto às autoridades competentes no sentido de fazer que se tomem providências para a demolição prédios abandonados e barracos de obras que possam servir de abrigo para pessoas problemáticas.

· Incentivar e participar de campanhas de preservação da fauna e flora, replantio de árvores, reciclagem de lixo.

· Monitorar denúncias de ameaças de poluição ambiental repassadas pelos moradores, dando o devido encaminhamento.

· Buscar a parceria de outros moradores da comunidade nos processos de identificação e informação, fundamentais para a resolução de problemas.

· Prestar socorro em situações emergenciais.

· Apoiar o trabalho dos agentes de segurança pública e empresas de segurança privada que atuam na área.

· Compartilhar as informações com os vizinhos e difundi-las ao CONSEG e a Polícia, nas emergências.

· Mapear as áreas de risco, com base nas informações dos moradores e encaminhá-las para o CONSEG.

· Organizar grupos de moradores que funcionem como catalizadores no ataque aos problemas de droga a nível de rua, denunciando as pessoas que colaboram com os traficantes

· Auxiliar as pessoas deficientes e de terceira idade.

· Mobilizar os moradores a participarem de programas de Policiamento Comunitário.

· Apoiar e participar dos Programas Preventivos da Polícia Militar.

· Zelar pelo cumprimento da legislação, principalmente as relacionadas à comunidade, incentivando a elaboração de leis contra a balbúrdia, imposição de restrição de estacionamento, venda de bebida alcoólica para menores ou até determinada hora, etc

· Proporcionar juntamente as instituições ligadas a proteção do cidadão, a sensação de segurança aos residentes, aos lojistas e aos prestadores de serviço.

· Travar conhecimento com os comerciantes, empresários e moradores, ajudando-os a identificar áreas problemáticas ou outras preocupações, encaminhando o mapeamento ao CONSEG.

· Manter um clima de mutuo relacionamento com moradores e trabalhadores locais, tratando-os com cortesia e educação, tendo especial carinho para com crianças e adolescentes.

· Comunicar ao CONSEG a presença de vendedores ambulante e catadores de lixo não autorizados..

· Atentar para a presença de desocupados ou pessoas em estado de vadiagem, comunicando imediatamente o CONSEG, a segurança local ou à Polícia Militar.

· Atentar para a entrada e movimentação de veículos e pessoas suspeitas, comunicando à Polícia Militar ou a segurança.

· Identificar pessoas que estejam dispostas a dar prosseguimento ao processo e que reflitam as atitudes, os valores, as normas e metas da comunidade. Elas saberão melhor como estimular e perpetuar o apoio aos cidadãos.

· Sugerir aos moradores que contratem profissionais liberais (jardineiros, empregados domésticos, piscineiros) cadastrados pelo CONSEG.

· Estimular os pais para que façam respeitar os horários de recolher.

· Verificar a existência de prestadores de serviços sociais, como assistentes sociais, enfermeiros, profissionais da área de saúde, conselheiros anti-drogas, especialistas em educação, policiais, para auxiliar nas suas atividades, funcionando com sub-lideres.

· Ter sempre atuante uma comissão de hospitalidade, para dar as boas vindas aos novos moradores ou inquilinos, colocando-os a par do Programa e integrando-os à comunidade.

· Organizar a comunidade e construir um sentimento de orgulho e pertinência.

O Vizinho Como Agente Comunitário

O morador ou trabalhador da comunidade, ligados ao Programa Vizinho Solidário, prestam-se ao voluntariado, valendo-se da filosofia de trabalho comunitário para assumir relevante papel na vida da comunidade onde mora ou atua.

· Interagindo com as pessoas e com os responsáveis pelos serviços públicos de manutenção, limpeza e iluminação pública, juntamente com o Líder Comunitário

· Estando presente na vida cotidiana dos seus vizinhos.

· Responsabilizando-se junto com os demais moradores pelos espaços físicos em áreas específicas, como praças, parques e jardins.

· Participando como grupo de campanhas de preservação da fauna e flora, replantio de árvores, reciclagem de lixo.

· Monitorando e denunciando ao Líder Comunitário ameaças de poluição ambiental.

· Auxiliando na busca da parceria de outros moradores da comunidade.

· Prestando os primeiros socorros em situações emergenciais.

· Apoiando o funcionamento dos agentes de segurança.

· Auxiliando o Líder Comunitário no mapeamento das áreas de risco.

· Auxiliando as pessoas deficientes e de terceira idade.

· Auxiliando na mobilização de moradores a participarem dos programas de policiamento comunitário.

· Apoiando e participando dos Programas Preventivos da Polícia Militar.

· Não permitindo a presença de vendedores ambulante nem catadores de lixo não autorizados. Comunicando ao Líder Comunitário, à Segurança, ao CONSEG ou a Polícia.

· Atentando para a presença de desocupados ou pessoas em estado de vadiagem, comunicando imediatamente ao Líder Comunitário ao CONSEG, a Segurança local ou à Polícia Militar.

· Atentando para a entrada e movimentação de veículos e pessoas suspeitas, comunicando imediatamente a Polícia ou a segurança.

A Reunião

A reunião inicial deve ser organizada para discutir a proposta de implantação do Programa. Tanto esta como as demais devem ter os seguintes propósitos.

1. Instruir o público sobre a finalidade e os benefícios do Programa e de que forma ele poderá atender as necessidades dos residentes.

2. Fornecer aos participantes informações sobre o índice local de ocorrências, com dados fornecidos pelo CONSEG.

3. Obter informações a respeito de problemas que possam causar insegurança

4. Cuidar para que as datas escolhidas para as reuniões não coincidam com eventos importantes capazes de dispersar o público.

5. Manter os moradores entusiasmados e falando sobre a reunião.

6. Anunciar as datas das reuniões com antecedência suficiente e lembrar mais próximo da data.

7. É importante que se faça uma comunicação por escrito a cada morador, para que haja uma ampla representação da comunidade.

8. Escolher um local para a reunião que preencha os seguintes requisitos:

· Acomodação para o número de pessoas esperadas;

· Estacionamento seguro para os veículos

· Acessibilidade de todos os moradores

· Conforto, caso a reunião se prolongue

· Acústica e iluminação adequadas.

Conclusão

As informações contidas neste projeto são dedicadas aos tomadores de decisão, a quem cabe determinar o apoio necessário para solucionar os problemas antes de eclodirem as surpresas.

A idéia de segurança, hoje, passa por um redimensionamento social. Passa pela conscientização de que todos precisam arregaçar as mangas para minimizar os problemas sociais e, assim, reduzir os índices de criminalidade. O investimento do estado ajuda na repressão, mas a ordem é prevenir. E para que a prevenção aconteça, é preciso consciência, solidariedade e cidadania.

A maior ação é a construção da solidariedade. Mas uma solidariedade séria, firme, onde as pessoas reúnam um esforço maior, em todos os segmentos sociais e profissionais, para apoiar as ações e discutir os problemas que aconteçam na sua rua, no seu bairro.

A origem do crime está na estrutura social, mas não é nenhum fenômeno natural irredutível, e pode ser combatido na sua fase embrionária, através da prevenção, cuja iniciativa deve partir dos próprios indivíduos.

Um exemplo de resposta da comunidade àquela incômoda sensação de medo generalizado que tomou conta, principalmente, das grandes cidades, é a exposição de crimes que permaneciam ocultos pela vergonha ou falta de informação. Denunciar significa mostrar às autoridades onde atacar.

Os apelos ao altruísmo muitas vezes naufragam quando esbarramos no interesse próprio, no egoísmo exagerado e na falta de solidariedade. “O que eu ganho com isso?”. “Isto é problema da polícia”, não meu”. “Tudo o que me interessa é que eu e minha família estejamos seguros”.

O Programa pode fracassar ou ter sucesso, dependendo de acreditarmos que existem pessoas que podem tornar as coisas melhores. O Líder Comunitário deve serr o exemplo e dar o tom para os demais moradores o seguirem, demonstrando seu comprometimento e entusiasmo.

Se encararmos o crime e o seu agente apenas como um mal a ser eliminado, e não como problema que temos o dever de prevenir constantemente, os cínicos que existem entre nós matarão o programa. Mas se tratarmos o crime antes, durante e depois e não apenas o crime pelo crime, e reconhecermos que estamos todos no mesmo barco, o Programa Vizinho Solidário passa a ser uma arma espetacular na proteção coletiva.

Quando uma comunidade mostra que tem orgulho, é menos provável que os predadores exerçam aí seu comportamento marginal.

O Programa Vizinho Solidário é um exemplo de descentralização dos outros serviços públicos e não apenas da segurança. Trazer a responsabilidade para cada rua irá reforçar a prestação dos serviços oferecidos pelo Estado e pelo Município em todos os seus segmentos.

O CONSEG pede, através do Programa Vizinho Solidário que tenhamos fé nas pessoas, sensibilizando-as e convidando-as para o processo de encontrar maneiras de ajudar a tornar nossas ruas e nossa comunidade mais seguras, e conseqüentemente, melhores lugares para viver e trabalhar. As pessoas trabalhando junto com a sua polícia, passam a realizar algo novo que fará a diferença.

As comunidades precisam ser mais seguras não apenas para o presente, mas também para o futuro.

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